das desnecessárias pressas
- Daniela Tenorio
- 5 de set. de 2018
- 2 min de leitura
E eu, segui meu caminho refletindo sobre o ser humano e nesses "pequenos grandes " gestos que somos capazes.
Quase frequentemente fico a pensar nas atitudes que nós fazemos nas nossas práticas cotidianas e quase sempre o que vejo, enquanto "vivente" de uma metrópole, o caos e a correria nem sempre colaboram para que despertemos nosso lado cordial e solidário.
Alguns dias atrás, num fim de tarde, voltando para casa, entro numa papelaria, compro uma pasta e saio apressada em direção ao ponto de ônibus. Entre mochila, sacolas , uma coca-cola na mão e pensando no que precisava fazer quando chegasse em casa.
Em meio ao meu "caos individual", não percebi minha bolsinha com docs, dinheiro e cartão, ( sim, eu uso aquelas bolsinhas que as mães levam pra feira), eis que ela cai na rua , sem que eu percebesse . Seguia apressada em direção ao ponto de ônibus.
O ônibus não passou, apesar de toda minha pressa e afobação. Enquanto isso, chega no ponto uma senhora de meia-idade e uma jovem menina, perguntando se aqui tinha alguma Daniela.
Nesse instante, ainda distraída, nem respondi que esse era meu nome, sei lá também, sabe como é ...cidade grande. Quando olhei para as duas, foi que pude reconhecer a minha bolsinha de couro, na mão da menina.
Então percebi : Elas me procuraram para devolver! A senhora me disse que estava vindo para esse ponto e resolveram perguntar. Disse mais: Se não achassem a dona, ligariam para minha agência e entraria em contato comigo.
Coincidentemente pegamos o mesmo ônibus. Demonstrei minha gratidão pelo gesto. Elas desceram antes de mim. Nos despedimos.
E eu, segui meu caminho refletindo sobre o ser humano e nesses "pequenos grandes gestos" que somos capazes. Não pelo que havia dentro da bolsinha, mas por me fazer esquecer o que tinha para fazer em casa. Pensamentos desnecessários...
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